25.10.13

Deixe mensagem

Como quase toda a gente, ouço conselhos de pessoas de quem gosto e em quem confio. Mas dispenso conselhos não-solicitados, sobretudo quando são retóricos, pomposos, ou então auto-elogios, infalibilidades papais, memórias selectivas, historietas despropositadas, sagezas serôdias, ou aquele tom de superioridade que, tantas vezes, se manifesta em gente da minha idade. Lembro-me sempre de um político inglês especialmente moralista, do qual se dizia que tinha como atendedor de chamadas a seguinte gravação: «Leave a message after the high moral tone».