28.2.14

Uma despedida

«Mas vives noutro lugar. / O teu terno sangue fez-se noutro lugar. / As palavras que dizes não têm comparação / com a tristeza áspera deste céu. / És apenas uma nuvem dulcíssima, branca, / que uma noite ficou presa nos ramos antigos». É isto, linha a linha: outro lugar, sangue terno, palavras incomparáveis, tristeza áspera, nuvem dulcíssima presa nos ramos antigos. Uma inevitável despedida.

[Pavese, «Nocturno», tradução Carlos Leite]