9.10.14

Estocolmo

Parece que os «favoritos» são Ngugi wa Thiong’o, um queniano de quem ouvi falar pela primeira vez há dez minutos, e, valha-nos o sol nascente, outra vez o cansativo Murakami. Depois vêm os «nomeados» do costume, Kadaré, Nooteboom, Bei Dao, Ko Un, Atwood, Oz, Lobo Antunes, Trevor, quatro ou cinco americanos. E Adonis, por razões que sempre me escaparam. Os ingénuos acham que pode ser Handke ou Rushdie, como se a Academia não lesse jornais nem tivesse cu, e o respectivo medo. Por mim, apreciaria que o senhor Englund se chegasse aos microfones e dissesse que a medalhinha era para Kundera, Marías, Roth ou Stoppard. Ou Ashbery, Magris, Nádas, Zagajewski. Ou, para jogar à zona, um norueguês: Askildsen, Fosse, ou até, porque não?, o conta-tudo Karl Ove Knausgard, o Proust da insignificância.